quinta-feira, 29 de maio de 2008

A luxuria, o nada, o caos....

Tenho tudo e não tenho nada. Afinal não tenho nada. Nada mesmo nada. Só tormento. É impossivel conseguir estabilidade, é tudo quase impossivel, é tudo distante, tudo inantingivel. É um caos nesta sociedade pseudo-organizada. Formigas no carreiro da monotonia na vida vazia. Ausenta de atitudes mas completa de futilidades. Eu só quero viver, mas por mais que lute, sobrevivo neste mundo de seres que afundam os outros, para se manterem à tona da agua. É tudo tão triste...





Hoje estou fora de mim. apetece partir, gritar, deitar para fora toda uma raiva que está em ebulição dentro de mim. Este sentimento é arrasador... sinto o sangue a correr dentro de mim, parece lava a ferver... estou tenso, muito tenso...

1 comentário:

Hum... vodka limão, p.f. disse...

Quando estou só reconheço
Se por momentos me esqueço
Que existo entre outros que são
Como eu sós, salvo que estão
Alheados desde o começo.

E se sinto quanto estou
Verdadeiramente só,
Sinto-me livre mas triste.
Vou livre para onde vou,
Mas onde vou nada existe.

Creio contudo que a vida
Devidamente entendida
É toda assim, toda assim.
Por isso passo por mim
Como por cousa esquecida.

Fernando Pessoa


Às vezes, sem o sabermos, o futuro está em nós, e as nossas palavras supostamente mentirosas descrevem uma realidade que está próxima" -

Marcel Proust